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  • O poder do som
  • Ritmo e ritual
  • Ouvir o silêncio

O poder do som

Para conseguir a paz mundial, cantar o mantram OM regularmente num grupo tem maior efeito nos planos sutis que uma passeata pela paz.

Ritmo e ritual

Em última análise, todo ritmo e ritual tem como objetivo a transformação natural da matéria do nosso corpo para permitir um desenvolvimento mais rápido.

Ouvir o silêncio

Quando ouvimos o silêncio, ouvimos um sussurro que é a voz do silêncio, o som sem som que se ouve no centro cardíaco.

O Equinócio de Primavera

“A Meditação não é um fazer, mas algo que acontece.”
O equinócio de primavera ao zero graus de Áries é o começo do ano solar, sendo o momento em que o anjo solar traz um novo impulso de esferas mais elevadas. Esse período representa o Sol do meio-dia, sendo o ponto mais alto da iluminação.


Meditações e Rituais | Festivais
Orações para os Equinócios em PDF
Visualização do Equinócio PDF

A Consciência Espiritual Radiante

Magnolia

No equinócio de primavera, o Sol cruza o Equador na sua viagem aparente ao norte, e ao meio-dia seus raios estão perpendiculares a Terra. Se colocarmos um pedaço de madeira na Terra verticalmente, não haverá sombra. A mesma coisa acontece no equinócio de outono. Era assim que os antigos determinavam o dia dos dois equinócios, o momento em que a duração do dia e da noite é igual.

O ponto mais elevado do Sol no equinócio de primavera no Equador marca a exaltação ou maior luminosidade do Sol anual ao meio-dia. Isso corresponde a zero graus de Áries. No meridiano temos o maior grau de luz, e Áries é o signo mais radiante, representando o ponto mais elevado de iluminação. Nessa época, a sombra no Equador é a mais curta, portanto, com a luz do meio-dia do ano, é mais fácil controlar nossa sombra ou personalidade.

O signo de Áries rege a parte superior da cabeça, que representa a parte mais elevada do ser humano. O homem é feito à imagem de Deus, sendo assim, Áries é reverenciado nos Vedas como a cabeça da Pessoa Cósmica. No início de todo ano solar, o anjo solar traz um novo impulso de esferas mais elevadas. O impulso é uma nova mensagem anual ou um plano para o desenvolvimento do planeta e seus seres. No ser humano, esse impulso entra no centro coronário, porque o princípio solar ou o princípio de libertação fica no nosso centro Sahasrara.

Portanto no equinócio de primavera, devemos nos alinhar com a consciência espiritual radiante localizada na cabeça, e visualizar um grande fluxo de luz de iniciação no nosso “meio-dia” ou centro coronário. O grande mestre Pitágoras chamava isso de “Doze Elevado”.

Alinhamento com o Sol

Nos equinócios a energia do Sol desce verticalmente. Somos os únicos seres do planeta que têm consciência de si e se movimentam verticalmente. As plantas e os animais não têm consciência de si e os animais não se movimentam verticalmente.

A melhor maneira de fazer um alinhamento vertical e absorver a energia dos equinócios é imaginar que está em pé no Equador da Terra, e visualizar os raios do Sol passando por nosso sistema nervoso. Os raios do Sol podem ser recebidos pelo caminho dourado do meio da Sushumna e iluminar todo nosso sistema, do centro coronário ao centro básico. Mestre CVV chama esse canal central de “vertical levels” (níveis verticais) e “chief life” (vida principal). O canal central cria um equilíbrio entre as energias de materialização e de espiritualização.

A Sushumna é o pilar de nossa existência interior. É luz diamantina, da qual nosso corpo de diamante é construído. Portanto, um iogue permanece na coluna da Sushumna e, através do alinhamento com a alma, vivencia uma conexão com o Sol, com o Sol Central e finalmente com o Sol Cósmico, permitindo assim o alinhamento dos quatro níveis da alma.

O Senhor do Planeta, Sanat Kumara, permanece em profunda contemplação do Sol, do Sol Central e do Sol Cósmico. A Hierarquia Espiritual recebe o fluxo energético e o transmite para os seres da Terra. Podemos participar desse alinhamento, vivenciando assim as existências cósmica, solar e planetária. Se meditamos regularmente na Sushumna, equilibramos nossos dois lados, e as energias masculina e feminina são nutridas e equilibradas. Em um estado de equilíbrio, permanecemos na luz da consciência andrógena. Deus é andrógeno ou masculino-feminino, e nos criou a sua imagem e semelhança.

Trazendo as Energias dos Planos Superiores

Embora a duração do dia é igual nos dois equinócios, suas energias são diferentes. No equinócio de primavera, o Sol atravessa o Equador e caminha na direção norte. Portanto, a direção das energias é da matéria para o espírito, do centro Muladhara para o centro Sahasrara. No equinócio de outono, a direção é do centro Sahasrara para o centro Muladhara, ou seja, de cima para baixo. O equinócio do outono simboliza o ponto mais baixo que o Deus Sol possa atingir. Corresponde à meia-noite do ano e ao centro Muladhara na base da coluna.

Nos dois equinócios, o espírito e a matéria entram em equilíbrio. Nas Escrituras, este estado é conhecido como síntese ou o estado de ioga. O iogue realizado se movimenta entre o mundo espiritual e o mundo material conforme a necessidade. Ele pode transformar os seres dos níveis mais baixos para que alcancem os mundos superiores. Pode também trazer energias dos planos superiores até o plano da Terra.

Os momentos em que existem equilíbrio entre o espírito e a matéria são considerados os melhores para a recepção de energias de ioga. Esses momentos incluem os equinócios, os momentos correspondentes ao nascer e ao por do Sol e às oitavas fases da Lua. Se eles acontecerem ao mesmo tempo, é possível alcançar o plano búdico.

Os equinócios são festivais espirituais importantes. A meditação e o alinhamento ficam mais fáceis nesses dias. Os melhores momentos são os dias próximos do equinócio de primavera, no começo do signo de Áries. Muitas culturas antigas conheciam a importância do equinócio de primavera e escolhiam o primeiro signo do zodíaco para começar seu ano. Portanto, devemos nos preparar para esses dias de iniciação para realizar um trabalho interior consciente, especialmente no dia do equinócio, como também o dia antes e o dia depois. Isso ajuda a reajustar nossas energias e a entrar em equilíbrio com nosso Eu superior e nosso ambiente. Quando unidos em um grupo, o alinhamento meditativo é mais eficaz, permitindo assim que nossas almas sejam carregadas de Luz.

O Ritual do Corte da Cabeça

Quando o Sol atravessa o Equador nos equinócios, tanto na direção norte como na direção sul, acredita-se que o Sol corte o círculo anual com uma tesoura para criar um começo e um fim. A palavra para tesoura em sânscrito é Krittika. O Sol quando atravessa o Equador na direção norte passa pela constelação de Krittika. O equinócio de primavera representa o grande ritual do corte da cabeça, onde morre o homem inferior e nasce o homem perfeito, o Mestre.

O autor dos Puranas, Vedavyasa, fala do ritual de uma forma alegórica na história de Daksha, o Prajapati. O Prajapati é o ano (solar). Sua cabeça é cortada e substituída por uma cabeça de carneiro. O “sacrifício do carneiro” representa o fim do ano velho e o começo do ano novo.

O ritual também tem outras dimensões: Daksha existe em nós como a consciência da personalidade. Geralmente, quando o conhecimento e habilidades de uma pessoa crescem, seu orgulho em relação à suas realizações e virtudes também crescem. Quanto mais inteligente e talentoso, maior fica o ego. Os Puranas dizem que Rei Daksha era muito poderoso e inteligente, portanto, cheio de orgulho. Realizou o ritual sem convidar o Senhor Além do Tempo. Daksha se tornou humilde quando o Senhor cortou sua cabeça e no seu lugar colocou uma cabeça de carneiro.

Para o discípulo, o ato de cortar a cabeça significa iniciação do centro coronário. Isso causa o fim da consciência humana e o começo da consciência de Deus. O signo de Áries simboliza essa grande iniciação, que conecta o discípulo a Shamballa. No corpo físico, Shamballa é representado pelo centro coronário, que tem ligação direta com o Senhor Sanat Kumara. A pessoa que realize a Luz na cabeça ascende até o reino divino.

Recomenda-se estudar a história de Daksha no mês de Áries, para dominar a natureza animal do carneiro e começar o ciclo anual da maneira correta.